Agora, cientistas de Oxford conseguiram descobrir a verdadeira cor de Neptuno, o planeta mais distante do sistema solar. Para o efeito, utilizaram o Espectrógrafo de Imagem do Telescópio Espacial Hubble (STIS) e o Explorador Espectroscópico Multi-Bloco do Very Large Telescope.
Os cientistas usaram os dados de cada telescópio para determinar independentemente as verdadeiras cores de Neptuno e Urano, e depois aplicaram esta informação para reprocessar as imagens da Voyager 2. O resultado era previsível: Neptuno é muito mais brilhante do que sempre se pensou, com uma cor muito semelhante à de Úrano. A principal diferença é que Neptuno é ligeiramente mais azul, o que é provavelmente o resultado de uma camada mais fina de neblina atmosférica.
As novas observações também resolveram outro mistério – porque é que Úrano muda ligeiramente de cor durante o seu ano, que dura 84 anos terrestres. No solstício, quando um dos pólos está virado para o Sol, o planeta parece ligeiramente mais verde. E no equinócio, quando o equador está virado para o Sol, Urano parece um pouco mais azul.
Isto deve-se à orientação invulgar do planeta. Está inclinado para o lado, de modo que o seu eixo de rotação é perpendicular ao plano da órbita do sistema solar. Há muito menos metano nos pólos do que no equador, o que altera a forma como o planeta reflecte a luz solar, uma vez que o metano absorve os comprimentos de onda vermelhos.