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O Observatório Europeu do Sul (ESO) revelou uma imagem de 1,5 biliões de pixéis da Nebulosa da Galinha Corredora. A imagem foi obtida com o telescópio VLT.
A fotografia é um grande mosaico de centenas de fotogramas individuais cuidadosamente unidos. A sua largura de ponta a ponta é de 270 anos-luz.
O fotógrafo Valerio Minato conseguiu tirar uma fotografia deslumbrante da Basílica italiana de Superga contra o fundo do Monte Monviso e da Lua – e os três planos coincidiram de forma tão inteligente que parece mais um photoshop do que uma fotografia real. Até os especialistas da NASA apreciaram o trabalho: no dia 25 de dezembro, reconheceram a imagem como a melhor fotografia astronómica do dia.
Centro frio
O Universo é, em geral, bastante frio. A temperatura média do espaço exterior é de 2,7 K (-270,45 °C). Mas nas profundezas do espaço, a cerca de 5.000 anos-luz da Terra, existe uma região ainda mais fria – a Nebulosa do Boomerang.
Sua temperatura é de apenas 1 K (-272,15 °C) – ou seja, apenas um grau acima do zero absoluto.
É por isso que a Nebulosa do Boomerang é considerada o objeto mais frio do universo conhecido. Os cientistas supõem que se formou quando uma estrela dupla largou parte do seu envelope de hidrogénio sob a forma de dois enormes jactos a uma velocidade de cerca de 164 quilómetros por segundo. Isto explica a forma caraterística da nebulosa.
As correntes de gás ionizado libertadas expandiram-se tão rapidamente no espaço exterior que as moléculas individuais de matéria, dispersas a longas distâncias, arrefeceram mesmo abaixo da temperatura média do Universo.
Durante muito tempo, as imagens mais nítidas de Neptuno e Úrano eram as da passagem da Voyager 2 no final da década de 1980. As suas imagens levantaram sempre uma questão: porque é que estes dois planetas – em muitos aspectos muito semelhantes – tinham cores tão diferentes?
Urano, a julgar pelas imagens da sonda, tinha uma bela cor de onda do mar e assemelhava-se a um ovo de pato. Neptuno, por outro lado, era visivelmente mais escuro, de cor azulada. E dado que as atmosferas dos planetas são quase idênticas, a diferença de aspeto parecia surpreendente. E tornou-se um verdadeiro mistério para os cientistas.
Agora, no entanto, os investigadores voltaram a processar os dados da Voyager 2 e descobriram que estes estavam profundamente errados desde o início. Urano e Neptuno têm, de facto, tonalidades muito próximas.
A razão para o equívoco é que as imagens foram tiradas em diferentes gamas dinâmicas. Sim, e a imagem de Neptuno foi processada de forma a enfatizar o contraste e a aprofundar a sua verdadeira cor, fazendo-a parecer mais azul do que é na realidade. Isto está de acordo com um artigo científico do físico planetário Patrick Irwin, de Oxford.
Embora, na altura, a cor artificialmente saturada fosse a norma entre os planetólogos – e as imagens fossem publicadas com legendas explicativas – esta distinção perdeu-se com o tempo.
Patrick Irwin
Desde 31 de dezembro, têm sido observadas nuvens peroladas invulgares acima e perto do Círculo Polar Ártico. Este fenómeno, conhecido como nuvens estratosféricas polares, foi observado por residentes da Noruega, Suécia, Finlândia e Alasca, enquanto no dia 1 de janeiro foram avistadas em Itália e na Suíça.
O fotógrafo Ramune Shapailaitė conseguiu tirar algumas fotografias coloridas no município de Gran, no sul da Noruega. Elas mostram as cores iridescentes das nuvens e o brilho cintilante, graças ao qual o fenómeno foi chamado de nuvens de madrepérola. A rapariga observou que as cores eram visíveis durante todo o dia, mas tornavam-se especialmente brilhantes pouco antes do pôr do sol.
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